O câncer é um importante problema de saúde pública com mortes prematuras, perda da qualidade de vida, limitações e incapacidades. O impacto da doença é proporcionalmente menor quanto mais precoce for o diagnóstico.
A história natural do câncer de reto envolve uma sequência de eventos genéticos cumulativos que levam à transformação de pólipos em câncer invasivo. Por isso, é possível que lesões pré-cancerosas sejam detectadas e removidas antes que se transformem em câncer.
O mais importante é entender que o rastreamento do câncer colorretal modifica a evolução de morbidade e mortalidade populacional. O objetivo do rastreamento é detectar a doença no estádio inicial, com maior chance de cura e menor repercussão da doença na qualidade de vida.
Os fatores de risco associados ao câncer colorretal são obesidade, sedentarismo, tabagismo, consumo abusivo de álcool, dieta rica em carne processada e baixo consumo de grãos, frutas e verduras.
A maioria das pessoas desenvolve o câncer de reto sem histórico familiar. Ainda assim, uma em cada cinco pessoas que desenvolvem câncer colorretal tem histórico da doença manifestada em outros membros da família.
Mas a detecção do câncer de reto não se limita só ao exame de colonoscopia. É importante uma consulta com especialista. Não há como negar que o exame coloproctológico pode ser considerado desagradável, mas é importantíssimo. É um exame indispensável, cuja execução traz informações valiosas sobre diagnóstico imediato e o grau de acometimento do câncer de reto. Na mulher, o exame do períneo anterior é imperativo e faz parte do exame físico. Nos pacientes com tumor de reto, a anuscopia e a retossigmoidoscopia são tão importantes quanto o toque retal.
O especialista rotineiramente já indica a colonoscopia como exame primário, mesmo que já tenha feito o diagnóstico no consultório, e a principal tarefa do especialista é realizar uma colonoscopia de alta qualidade.
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